segunda-feira, 2 de junho de 2008

SPRAY contra o MEDO

Criado líquido para dar mais confiança aos indivíduos portadores de fobia social


Falar em público, fazer prova na faculdade, enfrentar fila de banco, pisar um shopping lotado ou viajar. Essas são situações angustiosas e torturantes que demandam esforço psíquico e sacrifico físico para uma considerável parcela da população mundial – aquela que sobre de ansiedade e de fobia social e tende a abastecer cada vez mais o organismo com antidepressivos e tranqüilizantes. Agora, imagine: diante dessa insegurança que gera suor nas mãos, taquicardia, sensação de “perda” do corpo e de possuir na garganta uma “bola que sobe e desce”, o portador dessa doença tira um spray do bolso e, depois de duas borrifadas nas narinas tem plenamente recuperada a autoconfiança. Pois bem, neurocientistas suíços da Universidade de Zurique anunciaram na semana passada a descoberta desse spray, à base da substância ocitocina, hormônio natural responsável por diversas funções, entre elas a de regulador do afeto.
A ocitocina age diretamente na amígdala, uma porção pequena mas poderosa do cérebro que se relaciona ao medo e às fobias. Para perceber a exata atuação desse hormônio, pesquisadores testaram-no em um grupo de voluntários, dando o spray a alguns deles e a outros um placebo. O teste era um jogo de confiança: eles teriam de dar dinheiro a uma pessoa para ser aplicado no mercado financeiro e ela retornaria ou não os seus lucros. Os participantes que tomaram ocitocina continuaram investindo, mesmo ao saberem que os outros arcaram com prejuízos. O cérebro dos voluntários foi monitorado. Quem inalou ocitocina apresentou menor atividade da amígdala, ou seja, o medicamento funcionou inibindo a hiperatividade dos neurônios. “A ocitocina diminui as funções do sistema de medo, que é ativado durante uma situação de interação social”, disse de Zurique à revista ISTOÉ Thomas Baumgartner, coordenador da pesquisa. “Uma das causas que disparam o medo em pessoas com fobia social é o mau funcionamento e a hiperatividade da amigdala.” Com essa parte do cérebro trabalhando sem parar, os portadores da enfermidade têm medo excessivo diante da interação social. “O hormônio age para diminuir o medo ou a timidez que as pessoas têm em uma situação social que envolve um certo risco”, disse à ISTOÉ Maurício Delgado, neurocientista e professor da Rutgers University, nos EUA.

sábado, 31 de maio de 2008

TRATAMENTO A CURTO PRAZO DA INSÔNIA

NOVOS AGONISTAS DOS RECEPTORES BENZODIAZEPÍNICOS


Os hipnóticos dessa classe incluem a zolpicona (não disponível nos EUA), o zolpidem e a zaleplona. Apesar de as estruturas químicas desses compostos não terem semelhança com as estruturas dos benzodiazepínicos, pressupõe-se que a sua eficácia terapêutica seja devida a seus efeitos agonistas no receptor de benzodiazepínicos.
A zaleplona e o zolpidem mostram-se eficazes no alívio da insônia no início do sono. Ambos os fármacos foram aprovados pela FDA para uso durante um período de até 7-10 dias. Há evidências de que tanto a zaleplona quanto zolpidem têm eficácia hipnótica persistente, sem ocorrência de insônia de rebote com a interrupção abrupta do uso do medicamento. A zaleplona e o zolpidem exibem graus semelhantes de eficácia. O zolpidem tem meia-vida de cerca de 2 h, o suficiente para cobrir a maior parte de um período típico de 8 h de sono; atualmente, só é aprovado para uso ao deitar. A zaleplona tem meia-vida mais curta, de cerca de l h, oferecendo a possibilidade da administração segura de uma dose mais tardia à noite, 4 h antes do momento previsto do despertar. Por conseguinte, a zaleplona é aprovada para uso imediatamente ao deitar ou quando o paciente tem dificuldade de dormir após deitar-se. Em virtude de sua meia-vida curta, não foi constatada qualquer diferença entre a zaleplona e o placebo em medidas de duração do sono e número de vezes em que o indivíduo acorda. A zaleplona e o zolpidem podem diferir quanto aos efeitos colaterais residuais; a administração do zolpidem tarde da noite tem sido associada a sedação matinal, tempo de reação tardio e amnésia anterógrada, enquanto a zaleplona não apresentou mais efeitos colaterais do que o placebo. O potencial de uso abusivo desses fármacos parece ser semelhante ao dos benzodiazeínicos, ao contrário desses, o zolpidem exerce pouco efeito sobre os estágios do sono em seres humanos normais.
Portanto, se você tem insônia, observe e relate para o seu médico qual tido de insônia você está sentindo. Se for somente para começar a dormir está aí uma nova opção. E o melhor é que o zolpidem não suprime o sono REM no mesmo grau em que o fazem os benzodiazeínicos e, portanto, pode ser superior a estes como agente hipnótico.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

PROTEÇÃO CONTRA A DENGUE

O INHAME PODE AJUDAR

DENGUE

Infecção virótica que faz doer o corpo inteiro, especialmente asjuntas, e dá muita febre; deixa a pessoa fora de combate por algum tempo mas raramente mata. É transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e A. albopictus, que se infectam sugando sangue de algum humano ou macaco infectado nos três primeiros dias da febre. Depois de 8 a 11 dias de incubação, o mosquito começa a transmitir vírus infectantes a humanos no almoço e macacos no jantar - eles saem nas minúsculas gotinhas de saliva que o mosquito usa como anticoagulante durante a picada. Atualmente se diz que há quatro variedades de dengue; quem teve uma pode ter as outras três.O TRATAMENTO MÉDICO é paliativo - descanso, muita água, banhos mornos, compressas de batata crua ou tofu na cabeça para puxar o calor.O TRATAMENTO NATURAL é comer inhame. Comer inhame em vez de batata, duas ou três vezes por semana, previne contra dengue. Em situações de epidemia, comer um inhame por dia é mais que bastante - em sopa, purê, ensopadinho, pastinha com alho ou qualquer das outras receitas que você encontra em www.correcotia.com/inhame [3] .Mesmo já estando com dengue, comer inhame - ou tomar o elixir de inhame, vendido em qualquer farmácia - costuma acelerar muito a recuperação.

O INHAME LIMPA O SANGUE

É um dos alimentos medicinais mais eficientes que se conhece: fazmuitas impurezas do sangue saírem através da pele, dos rins, dosintestinos. No começo do século já se usava elixir de inhame paratratar sífilis.

FORTALECE O SISTEMA IMUNOLÓGICO
Os médicos orientais recomendam comer inhame para fortificar osgânglios linfáticos, que são os postos avançados de defesa dosistema imunológico.Curioso que a forma do inhame seja tão semelhante à dos gânglios...

EVITA MALÁRIA, DENGUE, FEBRE AMARELAA presença do inhame no sangue permite uma reação imediata àinvasão do mosquito, neutralizando o agente causador da doença antes que ele se espalhe pelo corpo. Aldeias inteiras morreram de malária depois que as roças de inhame foram substituídas por outros plantios.

OS OUTROS NOMES DO INHAME

Em latim, infelizmente, é colocasia esculenta. Na África e na América do Norte se chama taro , na América Central é ñame ou otoe, na França é igname, na Índia albi, no Japão sato-imo, no Caribe malanga ou yautia. E cará, em inglês, é yam .COMA E AME!


RECEITAS DE INHAME CRU

Salada de inhame

Rale e tempere com sal marinho e limão ou com molho de soja. É muito forte.Um leproso que se escondeu no mato e só tinha inhame cru para comer ficou inteiramente curado depois de alguns meses. (Se der coceira nas mãos na hora de descascar, passe um pouco de óleo ou lave com água bem salgada.)
Vitamina com inhame
Ponha no liquidificador um inhame, uma cenoura, alguns ramos de salsa (ou outra folhinha verde, como coentro ou hortelã) e o suco de duas laranjas, com mais água se desejar. Tudo cru. Dá para dois copos.

De cuscuzeira

Cozido no vapor. Ponha alguns inhames com casca e tudo na parte superior da cuscuzeira, ou numa peneira sobre uma panela com água fervendo, e tampe. Depois de meia hora espete com o garfo para ver se estão macios. Nessa altura a casca solta com muita facilidade, basta puxar que sai inteirinha. É aí que o inhame tem o sabor mais simples e gostoso.


Purê de inhame

Depois de cozinhar os inhames no vapor ou na água, solte a casca e amasse com um garfo; junte um pouquinho de manteiga e de sal marinho, ou molho de soja, e misture bem. Só precisa ir ao fogo de novo se for para esquentar.
Pastinhas de inhame
São ótimas para passar no pão e substituem muito bem as pastas de queijo nas festas. A base é um purê de inhames cozidos e assados, ao qual se acrescentam azeite ou manteiga, folhas verdes picadinhas (salsinha, manjericão, coentro, cebolinha) ou orégano; uma beterraba cozida e batida no liquidificador com inhame e um tantinho de água vai produzir uma pastarosada; inhame batido com azeite, alho, água e sal faz uma delícia de molho tipo maionese. Use a criatividade e ofereça aos amigos uma coisa nova de cada vez!

DE FRIGIDEIRA

Inhame sauté

Depois de cozidos e descascados, corte os inhames em rodelas oupedaços; esquente manteiga ou azeite numa frigideira; ponha osinhames, e sobre eles bastante folhas verdes picadinhas (salsa oucebolinha ou manjericão ou coentro ou orégano ou...); umas pitadinhas de sal marinho; mexa rapidamente, baixe o fogo e deixe grudar um pouquinho no fundo para ficar crocante.
Inhame frito
É muito mais gostoso do que batata. Faça exatamente como faz com ela: corte em rodelas finas ou palitos, frite em óleo bem quente e deixe escorrer sobre um papel que absorva a gordura.
Pizza de frigideira. Rale inhames crus, misture com farinha de arroz ou de milho, tempere a gosto; achate a massa numa frigideira antiaderente e deixe assar dez minutos de um lado, dez do outro. Com alguma prática dá para fazer isso numa chapa bem quente, levemente untada. O ponto da massa não deve ser nem seco nemaguado.

DE PANELA

Inhoque de inhameFaça exatamente como faz inhoque de batata: cozinhe os inhames, descasque, amasse com farinha de trigo e uma pitada de sal marinho até a massa ficar com a consistência do lóbulo da orelha. Enrole em cordões, corte, ponha para cozinhar de pouco em pouco numa panela com água fervendo. Quando osinhoques subirem é que estarão cozidos. Se puder, substitua parte da farinha de trigo comum por outra que seja integral. E o molho? Ao gosto do freguês...
Engrossando o caldoCozinhe um ou dois inhames junto com o feijão, que eles desmancham e o caldo fica bem grosso.

DE FORNO

Bolinhos de inhame

Cozinhe, descasque e amasse ligeiramente os inhames com um pouco de cebola ralada, cebolinha verde picadinha ou alho-porró em fatias fininhas, umas pitadas de cominho e outras de sal; junte farinha de trigo para dar liga, pincele com gema de ovo e asse no forno até a superfície secar. Ou frite.

Forminhas de inhame

Descasque e rale os inhames crus na parte mais fina do ralador, para obter uma papa líquida. Junte fubá de milho ou farinha de arroz integral (que se faz tostando o arroz e batendo aos pouquinhos no liquidificador) até conseguir uma consistência boa, mas ainda úmida.Tempere a seu gosto: com sementes de cominho ou de erva-doce, umas pitadinhas de sal, talvez um queijo ralado ou uma azeitona. Unte forminhas, encha com a massa e ponha em forno bem quente durante cinqüenta minutos.
Pizza de sardinha
Cozinhe, descasque e amasse os inhames; unte um tabuleiro, achate com as mãos bocados do inhame amassado e vá cobrindo com eles o fundo e os lados do tabuleiro. Asse quinze minutos em forno alto. Numa panela, refogue bastante cebola e ponha por cima sardinhas frescas pequenas, abertas, sem espinha,temperadas com alho socado, sal e limão. Deixe cozinhar com tampa por quinze minutos. Tire a massa do forno, despeje o recheio, enfeite com rodelas de tomate ou de pimentão, pique bastante cheiro-verde e espalhe por cima. Leve novamente ao forno por mais dez minutos. Como variação desta receita, você pode não assar a massa antes de colocar o recheio; pode também reservar parte da massa para tampar a pizza, que aí vira um pastelão.

Bolo salgado de inhame

Deixe de molho duas xícaras de triguilho durante duas ou três horas e esprema; junte a duas xícaras de inhame cozido e duas de farinha de arroz. À parte, refogue alguns legumes com um pouco de tempero, mas não deixe cozinhar. Tire do fogo e misture à massa. Ponha numa fôrma untada, espalhe queijo ralado por cima e leve ao forno alto por quinze minutos; aí ponha a chama em ponto médio e deixe mais quinze minutos. Cheirou, está pronto.Acrescente ovos cozidos se quiser um prato mais forte.
Torta de inhame em camadas
Cozinhe, descasque e amasse os inhames; cozinhe e amasse a terça parte de abóbora; refogue uma verdura picadinha tipo espinafre, acelga, agrião, chicória, folhas de nabo ou de cenoura, etc. Unte um pirex com manteiga, ponha uma camada de inhame e sobre ela uma de abóbora; outra de inhame e sobre ela a verdura refogada; mais uma de inhame. Pincele ou não com ovo, enfeite com rodelas de cebola, leve ao forno para secar durante 20 minutos.

SOPAS

Sopa de inhame com missô

O misso, que é desintoxicante, é um alimento tradicional japonêsmuito usado como tempero, feito de soja fermentada com cereais e sal. Vem em forma de pasta. É muito rico em enzimas, proteínas e vitamina B12, devido ao seu processo de fermentação. Limpa o pulmão dos fumantes, restaura a flora intestinal, e acima de tudo dá um gosto todo especial à sopa. Portanto cozinhe os inhames descascados com o mesmo tanto de água, uma ou duas folhinhas de louro e alguns dentes de alho inteiros; depois bata no liquidificador para obter um creme fino. Acrescente o misso, na base de uma colher de chá cheia por pessoa, ou dissolva com um pouco d'água numa tigelinha e deixe que cada um se sirva como quiser. (Algumas pessoas vão preferir sal.) Cebolinha verde picada, por cima, combina muito.
Creme de inhame com agrião
Faça como na receita anterior; depois de bater no liquidificadordevolva ao fogo, ponha sal se for o caso, espere ferver e junte umbom punhado de agrião cru, lavado e cortado. Deixe cozinhar umminuto, apague o fogo e sirva. Com misso, se não tiver posto sal.


INHAME DOCE

Torta de inhame com abacaxi

Cozinhe os inhames, descasque, amasse e forre com essa massa uma assadeira untada; espalhe por cima uma compota de abacaxi feita com sementinhas de erva-doce e cravo-da-índia, quase sem água, pois o abacaxi solta caldo. Leve ao forno quente durante meia hora. Substitua por outra compota, se desejar.
Bolo doce de inhame
Misture duas xícaras de inhame cozido com duas de aveia em flocos e duas de farinha de arroz integral (toste o arroz, bata noliquidificador em pequenas porções); meio litro de suco de laranja(ou outro líquido doce, como chá de estévia, ou leite de cocoadoçado com melado); uma colher de sopa de manteiga, se quiser; umas pitadas de noz-moscada e canela em pó; frutas secas e castanhas picadas, ou banana madura em rodelas. A consistência da massa deve ser pastosa, nem aguada nem dura. Unte uma fôrma e leve ao forno quente durante meia hora, mais ou menos, mantendo a chama alta durante quinze minutos e baixando então para um ponto médio. Você sabe que o bolo está no ponto quando cheira. A partir daí ele vai secando, e quanto mais tempo ficar no calor, mais firme será sua consistência. Se quiser um bolo mais fofo, junte uma colherinha de café de bicarbonato de sódio dissolvida em suco de laranja no final do preparo da massa. Esse bolo dá um ótimo panetone quando leva frutas cristalizadas e é assado em fôrma alta.

Biscoitos de inhame

A massa é a mesma do bolo. Unte um tabuleiro e despeje com a colher pequenas porções. Asse em forno alto até chegar ao ponto desejado. Como todo biscoito que leva aveia, este também só endurece depois que esfria.Mousse de inhame com ameixa
Ponha no liquidificador uma parte de inhames cozidos com uma parte de ameixas-pretas, sem caroço, cozidas com canela; aproveite a calda para bater a massa. Repita a receita usando maçãs ou bananas em compota em vez de ameixas. Para fazer a compota, não é necessário adoçar, pois essas frutas játêm bastante açúcar natural. Basta que estejam bem maduras. Leva-se ao fogo baixo, em panela tampada, com uma pitadinha de sal e só um dedinho de água.Quanto mais cozinharem, mais doces ficam.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

UMA FACA DE DOIS GUMES

PRESTE ATENÇÃO NA ESCOLHA DE SEU ANTIDEPRESSIVO


Se a depressão em si pode levar a diminuição do desejo e a ausência do orgasmo, os antidepressivos utilizados no tratamento podem também alterar, diminuir ou até mesmo cessar o desejo, a excitação e o orgasmo.
Dentre as disfunções sexuais secundárias promovidas pelo uso de medicamentos tricíclicos, a perda ou falta de desejo sexual, bem como a anorgasmia (ausência de satisfação sexual) são as principais reações adversas.
A anorgasmia, a diminuição ou fim da lubrificação nas mulheres ou a redução acentuada da libido tem sido observadas como efeito da ação de alguns fármacos de atividade dopaminérgica no sistema límbico. Medicamentos tais como Tofranil, Anafranil, Tryptanol e Pamelor reduzem a ansiedade, mas apresentam tais inconvenientes. A Clomipramina, por exemplo, tem sido associada à elevada prevalência de anorgasmia.
A preocupação com a disfunção sexual iatrogênica tem sido significativa. Os inibidores seletivos de 5-HT podem ser efetivos na diminuição de ansiedade sexual, mas retardam o orgasmo, tanto em homens quanto em mulheres. Dentre esses medicamentos se destacam aqueles compostos por Fluoxetina(Prozac), Sertralina(Zoloft) e Paroxetina (Aropax, Cebrilin).
As drogas serotonérgicas estão mais estreitamente associadas a efeitos sexuais adversos do que os compostos noradrenérgicos. A Paroxetina, por exemplo, apresenta como efeitos colaterais uma grande incidência de disfunção erétil nos homens e diminuição significativa da lubrificação vaginal nas mulheres, comparada a outros antidepressivos. A Paroxetina chega a ser indicada para casos em que o paciente demonstra uma libido sexual exagerada ou ejaculação prematura.
O uso de determinados antidepressivos, embora proporcionando reações adversas na sexualidade, é por vezes justificável pela justa adequação do quadro do paciente com a droga de escolha. Este seria um “preço” a ser pago pelo paciente uma vez que tais efeitos tendem a ocorrer em um curto espaço de tempo.
Atualmente, os medicamentos antidepressivos que apresentam substâncias como a Bupropiona e a Mirtazapina, que melhoram o desejo sexual, são uma boa opção para aquelas pessoas com algum grau de depressão. Essas substâncias podem também ser uma alternativa para aquelas pessoas usuárias de ADT ou dos inibidores de IMAO que sentem a influência de efeitos colaterais sobre a sexualidade.
Dessa forma, a disfunção sexual secundária, provocada por uma reação adversa de antidepressivos é um problema comum na clínica. Portanto é muito importante a escolha de uma droga efetiva para o combate a depressão que não comprometa a função sexual.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

LIBERTE-SE DOS MITOS DA DEPRESSÃO


DEPRESSÃO NÃO É FRAQUEZA

A depressão é causada pela baixa concentração dos neurotransmissores excitatórios na fenda sináptica como a serotonina, dopamina e noraadrenalina.
A depressão geralmente é uma doença devastadora, apesar de muita gente ainda não acreditar que ela exista. Pode significar um sintoma que faz parte de inúmeros distúrbios emocionais sem ser exclusivo de nenhum deles, pode significar uma síndrome traduzida por muitos e variáveis sintomas somáticos ou ainda, pode significar uma doença, caracterizada por marcantes alterações afetivas.
Do ponto de vista clínico seria extremamente fácil e cômodo se a depressão fosse caracterizada, exclusivamente, por um rebaixamento do humor com manifestação de tristeza, choro, abatimento moral, desinteresse, e tudo aquilo que todos sabemos que uma pessoa deprimida apresenta. Desta forma, até o amigo íntimo, o vizinho ou o dono do bar da esquina poderiam diagnosticá-la.
A sintomatologia depressiva é muito variada e muito diferente entre as diferentes pessoas, assim como a reação do álcool em uma bebedeira geral, onde cada pessoa alcoolizada ficasse de um jeito; uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados, dorminhocos, libertinos. Da mesma forma é na depressão, cada personalidade se manifesta de uma maneira.

Medicamentos Psiquiátricos: Mito e Realidade

Tanto a população leiga, quanto outros profissionais da área psicológica e da própria medicina mal formada contribuem negativamente para a adoção plena e satisfatória da opção terapêutica que é o uso da psicofarmacoterapia, que é um dos mais valiosos recursos médicos colocados à disposição da população.

Frases e opiniões pessoais que complicam casos de depressões:

- “Você não tem nada...é só um probleminha de nervos”; as pessoas (médicos, leigos e familiares) costumam crer que estão ajudando quem apresenta algum transtorno emocional agindo dessa maneira. Evidentemente, quem não tem nada não precisa de tratamento, mas dizer que a pessoa não tem nada pode menosprezar seu sofrimento. Essas pessoas ainda recomendam aos ansiosos e depressivos: procure pensar positivo, tire férias e passeie um pouco, procure ser mais otimista...

- “Você pode ficar dopado, você pode ficar viciado, você pode ficar um vegetal”. Defensores da idéia de que remédios e drogas não resolvem seus problemas, incluindo aqui até médicos, psicólogos principalmente, são os mesmos que costumam atribuir palavras naturalmente pejorativas como essas aos psicofármacos.

- “Remédios e drogas não resolvem seus problemas”; psicofármacos bem indicados atuam melhorando a performance psíquica, corrigindo a morbidade que a comprometia. Os ansiolíticos, por exemplo, ao reduzirem a ansiedade patológica que compromete o desempenho, acabam resultando em melhor rendimento global, resolvendo sim alguns problemas decorrentes dessa falha adaptativa.
Evidentemente, seria desejável que as pessoas vivessem sem medicamentos e sem qualquer outro tipo de remédio, assim como as pílulas anticoncepcionais, aspirinas, vitaminas, etc, seria desejável também que ninguém usasse óculos... e assim por diante. Entretanto, a medicina tem avançado o suficiente para fazer com que o diabético tenha uma vida bastante próxima do normal, assim como o reumático, o hipertenso, o míope, etc, incluindo aqui também os ansiosos.

Considerações finais

Portanto, deixo aqui minha experiência adquirida de dois tratamentos com antidepressivos. O primeiro feito há 18 anos atrás feito com um tricíclico e Alprazolam devido a uma depressão pós-parto. Depois de dois anos parei com a medicação, completamente curada, me sentindo muito feliz e nem por isso adquiri nenhuma dependência. No segundo tratamento, há dois anos atrás adquiri uma enxaqueca, originada de um stress, que analgésico nenhum fazia efeito, faço uso de Amitriptilina de 12,5 mg e não sinto nada de dor de cabeça e nenhum efeito colateral do uso do antidepressivo.
Na minha opinião, se dependência for considerada como uma necessidade contínua de usar novamente alguma coisa que proporciona bem estar, então a noção de dependência deve ser muito generosamente aplicada a uma série de aquisições da vida moderna. Sendo assim, fica difícil sabermos até que ponto não estaríamos também “viciados” na energia elétrica, na televisão, no telefone, no automóvel, nos congelados, no computador e assim por diante.
Os antidepressivos melhoram a afetividade das pessoas, que é um atributo indispensável para a adequada valorização da realidade e, principalmente, para a valorização de si mesma (autoestima). Estando afetivamente bem, as pessoas se adaptam melhor aos seus problemas vivenciais.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A EM CRIANÇAS NO BRASIL E NO MUNDO


A deficiência de vitamina A é considerada uma problema grave em mais de sessenta países. Cerca de 2,8 milhões de crianças em idade pré-escolar no mundo são clinicamente afetadas pela hipovitaminose A, sendo cerca de 250 a 500 mil crianças tornam-se cegas todos os anos, sendo que cerca da metade morrem antes de completar um ano de vida.
No Brasil, a prevalência de DVA está estimada entre l6 e 74% em crianças menores de seis anos. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é considerado como área de carência subclínica grave tornando-se um problema de saúde pública, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, mas percebe-se prevalências mais elevadas em outros países.
Os programas de correção da DVA por órgãos governamentais no Brasil como o de Combate à Deficiência de Vitamina A, instituído pela Portaria do Ministério da Saúde, nº. 2.160 de 29 de dezembro de 1994; o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, através da Portaria do Ministério da Saúde nº. 729, de 13 de maio de 2005 destinam-se a prevenir e/ou controlar essa deficiência nutricional mediante a suplementação com megadoses de vitamina A, em crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós-parto pertencentes à Região Nordeste, ao Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais e ao Vale do Ribeira, São Paulo. Apesar de não terem caráter nacional, dados levantados neste estudo sugerem que a DVA é um problema de saúde pública em várias regiões do Brasil.
Na América, crianças menores de cinco anos oscila de 6,1 % no Panamá a 36% em El Salvados. O problema é grave em cinco países, moderado em seis e leve em quatro. E as medidas para controlar a DVA incluem suplementação, fortificação do açúcar e algumas atividades de diversificação alimentar.
Na Ásia o problema nutricional alcança 118 países em desenvolvimento, como a região do Sudeste da Ásia, que abrange o maior número de casos.
Na África o problema de saúde pública está presente em 44 países, sendo particularmente grave no Mali. Em Moçambique, estima-se que 2,3 milhões de crianças abaixo de 5 anos tenham DVA. Na ausência de políticas apropriadas e programas de ação, a DVA pode ser atribuída como causa de mais de 30.000 mortes anualmente entre crianças menores de 5 anos, o que representa 34,8% de todas as causas de mortalidade neste grupo de idade. A suplementação de vitamina A tem sido adotada como estratégia a médio e curto prazo para controle da DVA em crianças.
Na Europa não é considerado como área de risco; por este motivo, trabalhos que abordam a DVA em crianças dos países desse continente são escassos.
Na Oceania existe um sério problema de DVA relacionado ao aumento do consumo de arroz e alimentos importados, em substituição aos alimentos tradicionalmente consumidos na região.
Os programas de correção da DVA por órgãos governamentais no mundo, como medida a curto prazo, a UNICEF, em parceria com a WHO e outros órgãos internacionais, tem implentado programas de suplementação de vitamina A para crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós- parto.
Por muitos anos, diversos países foram relutantes em iniciar a suplementação de vitamina A devido a dúvidas sobre a segurança desta iniciativa. Mas os estudos mostraram que os benefícios da suplementação da vitamina A compensam todos os efeitos colaterais, que são muito raros. A Tanzânia, Nepal e Vietnã são exemplos de países onde os programas foram bem-sucedidos.
A UNICEF adota outras estratégias a longo prazo, como a fortificação dos alimentos, como o açúcar, a educação nutricional e o aumento da biodisponibilidade da vitamina A em alimentos.
A nível mundial, os dados ainda são escassos, embora os estudos que abordam a DVA em crianças no mundo revelem que esta deficiência é um problema de saúde pública, principalmente nas regiões mais pobres do globo.
A suplementação com vitamina A é uma medida a curto prazo, efetiva para combater a DVA. Já a educação nutricional pode ser útil a longo prazo como complemento à suplementação e à fortificação dos alimentos.

Veja mais detalhes das estatísticas no artigo da scielo em:
http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232007000500023&lng=pt

domingo, 20 de abril de 2008

PREÇOS ALTOS DE MEDICAMENTOS FAZEM RESSURGIR A FITOTERAPIA


A Organização Mundial da Saúde (OMS) desde a Declaração da Alma-Ata, em 1978, tem revelado a necessidade de uso de plantas medicinais na atenção primária à saúde.
No município de João Pessoa PB, foi criado o Programa de Plantas Medicinais mediante a aprovação da Lei Municipal 7.630, de 15 de julho de 1994 e, em 2003, foi implantada, por iniciativa de Maria de Fátima de Lacerda Guerra, médica da Equipe Saúde da Família (ESF), a Oficina de Remédios Caseiros na Unidade Saúde da Família, USF Ipês, oferecendo aos usuários uma escolha alternativa e de baixo custo para o tratamento das doenças mais freqüentes na comunidade com a preparação de Doze formulações básicas à base de plantas medicinais colhidas nos hortos do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), do Mosteiro de São Bento e da própria Unidade de Saúde.
O uso de plantas medicinais como remédio caseiro é uma prática comum entre alguns moradores da Comunidade dos Ipês, localizada na zona leste de João Pessoa, onde residem aproximadamente 1.300 famílias cadastradas no Programa Saúde da Família local (PSF). Trata-se de uma ação multidisciplinar e interinstitucional, uma vez que envolve a participação de membros da comunidade, toda a equipe de saúde local, duas farmacêuticas voluntárias, sendo uma da Secretaria Municipal de Saúde e a outra do LTF, o engenheiro agrônomo do LTF, professores e alunos da disciplina de Fitoterapia da UFPB, mediante o Projeto Fitoterapia para Todos, onde são desenvolvidas ações educativas e programa de rádio na difusora local.
A participação da comunidade nesta experiência é de fundamental importância, devido ao saber popular em saúde, conseguido através da vivência local.
A utilização das plantas medicinais é uma das mais antigas práticas populares em saúde empregadas para o tratamento das enfermidades humanas e muito já se conhece a respeito de seu uso por parte da sabedoria popular.
Por meio de dados fornecidos pela OMS, constata-se que o uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos anos, sendo que este uso tem sido incentivado pela própria OMS. Entretanto, com os avanços científicos, esta prática milenar perdeu espaço para os medicamentos sintéticos, porém o alto custo destes fármacos e os efeitos colaterais apresentados contribuíram para o ressurgimento da fitoterapia.
Veja o resultado desse trabalho em uma pesquisa editada na Revista de Enfermagem de Pernambuco através do site